8.10.10

brahms de hoje

outro que nem dá pra comentar: Brahms.

acho que há uns 2 anos atrás, comprei as grades das 4 sinfonias desse compositor do lineu, que na é poca era meu professor. ele foi aos USA e comprou essas grades empolgadíssimo. quando chegou no brasil, se deu conta de que já as tinha.
eu resolvi o problema.
na época eu nunca tinha ouvido nenhuma das 4 sinfonias.
saí louca atrás de uma boa gravação. um outro professor, o célebre mestre jetro, me emprestou um box com quatro cds contendo as quatro sinfonias.

e eu mergulhei. mergulhei e fui tão longe que já não sabia mais o caminho de volta.

não tem coisa mais legal do que ouvir música lendo a partitura junto, e se é orquestral, lendo a grade inteira. é como se fosse um mapa, desvendando uns mistérios inacreditáveis. é também meio revoltante, porque descobre-se realmente a magnitude de uma obra em termos de som e escrita, e o mais triste: no meu caso, geralmente é o meu espelho, apontando o tamanho da minha mediocridade como musicista.....rsrs.

de qualquer forma, esse evento realmente me ganhou para Brahms. Eu já era fã de seu requiem, e dos concertos para piano. mas isso é pouca coisa perto de sua obra extensa.

finalmente, conheci suas obras pra quarteto de cordas.
é tão incrível. toda a escrita de brahms é grande, cheia. o escritor donald j. grout diz que os dois músicos do romantismo que realmente sabiam escrever para coral foram brahms e mendelssohn (tudo bem que tinha verdi na mesma época, mas a praia dele era a ópera mesmo. no caso de mendelssohn e brahms, era de modo generalizado). e isso que intriga. olhando a partitura, é simples. mas soa majestoso, soa enorme.
ele faz isso na escrita-coral, orquestral (claro) e de câmara.
hoje resolvi reviver um pouquinho dessa fase Brahms e postar o terceiro movimento do quarteto de cordas nº 2. o segundo movimento também é um encanto.
ô coisa linda.

esse é só pra começar o dia.

enjoy;)

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