28.11.11

irresistíveis

eu não aguento tanta fofura!
o magistério me transformou :)







caminhos cruzados - música

uma coisa não tem nada a ver com a outra.

mas o título do livro mencionado no post anterior me remeteu à esta pérola da música popular brasileira.
tantas e tantas gravações valiosas dessa canção maravilhosa.
obrigada tom jobim e newton mendonça.

aqui, algumas versões!
vale a pena ouvir todas!!

1. leila pinheiro (a primeira versão que ouvi dessa música, e ambiciosamente, foi a primeira música que tentei tocar ao violão, quando ainda nem sabia segura-lo; não que eu tenha melhorado muito, mas querer começar com essa música foi sim, falta de noção absoluta!)




2. joão gilberto (ah, joão!! apesar de você ser a chatice e "estranhice" em pessoa, que versão, que canção, que arranjo, que voz! obrigada por essa interpretação, imortal desde 1977!)








3. joão bosco (sublime, sublime! voz e violão e uma aula de interpretação...)





4. milton nascimento (sem comentários...)






5. pedro mariano cantando e seu pai, gênio, césar camargo mariano tocando (essa versão vale mais a pena pelo maravilhoso arranjo de piano... :)




6. caetano veloso (arranjo diferente e a voz do caetano....ah! só achei que o cellista mandou muito mal ao tocar num cello elétrico...rs! instrumento é acúsico, SEMPRE! ... rs!)



e eu ainda teria tantas outras versões fantásticas para postar: gal costa, ivan lins, o próprio tom (que estraga seu tesouro com a própria voz pastosa pelo tabaco...)

mas é assim!
quando a canção é boa, pode-se pintar e bordar...
continua boa.
já nasceu assim...

:)

caminhos cruzados - literatura

a gente passa pela saraiva e eu tampo os olhos.
viro motivo de riso. mas tenho razão.
sim, entramos.
e eu, claro, que nada procuro, saio com uma sacola pesada e uma nota fiscal.
os acompanhantes que têm o que comprar, saem de mãos abanando e rindo de mim.

não consigo.
ainda mais se é érico.

abro o romance, e depois de três prefácios (incluindo o do antônio cândido, que é maravilhoso), leio o do próprio autor.

é um pouco longo, mas novamente, é érico sem fantasias, falando diretamente ao leitor.

ei-lo:

prefácio do autor:


Sim, eu abandonara o reino dos fantoches de papelão pintado para, conduzido por Clarissa, entrar pela porta da pensão de dona Zina no território das criaturas de carne e osso. Estava longe, porém, de achar que a mudança tivesse resolvido definitivamente o problema.
Relendo a primeira novela, alguns meses após a sua publicação, entrei em séria contenda comigo mesmo. A vida não era uma sucessão de momentos de beleza poética como a história daquela adolescente parecia insinuar. Além do mais - disse eu para mim mesmo - sinto dentro de você um poeta e um satirista em conflito permanente. Clarissa foi a oportunidade do poeta. Por que não dar no próximo livro carta branca ao satirista? As zonas sombrias da vida merecem também a atenção do pintor. Mude de técnica: use agora óleo em vez de aquarela. Empregue um pouco de vinagre para quebrar a adocicada fragrância de água-de-colônia que pervaga a atmosfera de Clarissa.
Naquele ano de 1934, minha luta econômica continuava encarniçada. Era eu obrigado a trabalhar cerca de doze horas por dia para fazer face às crescentes despesas mensais. Não deixava de ser-me penoso passar quase toda a semana a recalcar o desejo de escrever minhas próprias histórias para traduzir as alheias ou rabiscar da alma profana legendas para as gravuras da Revista do Globo.
Em 1933 iniciara eu a tradução do Point counterpoint, cuja leitura exercera grande fascínio sobre o meu espírito - e esse trabalho me ocupou a melhor parte de um ano. Agradava-me na obra de Aldous Huxley a novidade das vidas e intrigas cruzadas, a ausência de personagens centrais e a tentativa de dar ao romance uma estrutura musical.
É pois explicável que a influência de Contraponto se tenha feito sentir de maneira considerável na técnica de Caminhos Cruzados. Creio, entretanto, que essa influência não foi tão profunda como deram a entender os críticos brasileiros que se ocuparam com o meu novo romance. A semelhança é apenas de superfície. Parecem-se as receitas, mas diferem em natureza e qualidade os ingredientes que entraram na feitura do bolo. Deve-se ainda levar em conta que muitos dos críticos que insistiram na parecença entre os dois livros leram Point counterpoint através do texto português, no qual é explicável que se note um pouco da presença do tradutor.
Lembro-me de ter confiado um tanto timidamente a Dyonelio Machado o plano de Caminhos Cruzados no mesmo dia em que ele me narra a história de sua admirável novela Os Ratos. E foi encorajado pelo singular criador de Naziazeno que me atirei com entusiasmo ao segundo romance, terminando-o ao cabo de três ou quatro meses, nos quais como de costume só aproveitei os fins de semana.
Lá estava ainda o estilo staccato, como descargas de metralhadora. (Dezoito anos depois, ao apreciar a tradução inglesa de Caminhos Cruzados, o crítico William Dubois escreveria no suplemento literário de The New York Times: "É impossível descrever a qualidade elétrica do estilo deste escritor".)
Faz-se visível desde a primeira página do romance a pronunciada tendência de seu autor para a caricatura. O livro foge às descrições bizantinas, às sutilezas psicológicas, às cenas elaboradas. Suas histórias são objetivas e de pura ação (embora quase nunca de ações puras) -, uma sucessão enfim de quadros movimentados que resultam numa espécie de corte transversal duma sociedade.
Caminhos Cruzados é evidentemente um livro de protesto que marca a inconformidade do romancista ante as desigualdades, injustiças e absurdos da sociedade burguesa. Não é, pois, de admirar que seu autor tenha sido desde logo apontado por críticos e leitores primários como um agente da propaganda comunista.
O sucesso de crítica da presente obra, entretanto, foi bastante animador, embora o de venda no primeiro ano fosse apenas medíocre. O romance foi discutido com certo calor e a Fundação Graça Aranha conferiu-lhe em 1935 seu prêmio literário anual. O poeta que escrevera Clarissa estava um tanto perplexo em face do caricaturista que traçara a carvão e sarcasmo retratos como os de Dodó, Leitão Leiria e Armênio Albuquerque.
Entre a inocência menineira de Clarissa e a malícia de Chinita havia um abismo. Sim, João Benévolo tinha um pouco de Amaro, e Fernanda poderia tornar-se amiga e confidente de Clarissa, caso viessem um dia a encontrar-se.
Clarissa e Caminhos Cruzados não pareciam livros escritos pelo mesmo autor. Se no primeiro havia um exagero de luz, talvez houvesse no segundo um excesso de sombra. Para evitar as armadilhas da poesia e da ternura, o autor havia caído nos alçapões do cinismo e da impiedade.
Posso, entretanto, assegurar que escrevi ambos os livros com o mesmo gosto e a mesma espontaneidade. Os originais de Caminhos Cruzados - folhas de papel almaço cortadas ao meio - foram escritos a máquina, havendo entre suas linhas três espaços nos quais mais tarde fiz a mão correções e acréscimos. E como foram poucas essas emendas! Comparem-se os originais de meus livros com os dos três ou quatro últimos e se verá como o escritor na casa dos quarenta tem muito mais dúvidas, hesitações e exigências do que o da casa dos vinte.
Caminhos Cruzados saiu cheio de cincadas que não foram corrigidas nas suas muitas edições sucessivas, mas que tive o cuidado de eliminar (assim o creio) ao preparar os originais para esta edição especial.
Havia, por exemplo, no quarto de Salu, uma mancha retangular de sol que, à medida que a manhã envelhecia, se ia tornando mais longa, até cobrir o rosto da personagem adormecida. Ora, tal coisa era impossível, a não ser que o autor tivesse subvertido o sistema solar. Para que a língua de sol se espichasse em vez de diminuir, era preciso que o sol estivesse descendo e não subindo!
Que dizer das personagens?
Creio que têm a força e ao mesmo tempo a fraqueza da caricatura. É impossível - reconheço hoje - que dona Dodó não tivesse um lado simpático, ou antes, que sua psicologia fosse tão simplesmente linear como o livro dá a entender. O mesmo se poderia dizer de quase todas as outras figuras.
Mas, pensando melhor, não poderemos também alegar em defesa do romancista que a caricatura é uma tendência reconhecida e aceita da arte moderna, principalmente da pintura? Não haverá muito de deformação na obra de muitos pintores como Portinari, Di Cavalcanti e Segall - todos eles inconformados com a sociedade em que vivem?
Não creio que ninguém possa ser tão vago e fora deste mundo como Noel ou João Benévolo. Relendo Caminhos Cruzados, pergunto a mim mesmo se poderia tê-los feito de outro modo e se um maior cuidado de composição (como eu tinha pressa de me livrar de minhas histórias e personagens naqueles tempos!) não haverá deitado a perder o efeito geral do livro, sabido como é que nem sempre o quadro mais realizado é o que apresenta o luxo meticuloso de detalhes. De resto, não devemos esquecer que Caminhos Cruzados é uma espécie de mural pintado com pistola automática e não uma tela trabalhada com pincéis de miniaturista.
(O leitor deve ter notado a freqüência com que nestes prefácios invoco a pintura como ponto de referência. É que no fundo eu talvez seja um pintor frustrado que, não tendo conseguido aprender o ofício, hoje se contenta com pintar com palavras.)
Uma releitura de Caminhos Cruzados me convenceu de que nele tornei a cometei pecados de simplificação, dos quais, entretanto, não me arrependo, convencido como estou de que, apesar de todos os seus defeitos, o livro atingiu o objetivo visado pelo autor.
Jamais esquecerei a conversação que mantive em 1944 em Berkeley com Miss Monteith, professora do Departamento de Francês da grande universidade que tem sua sede naquela repousada cidade da Califórnia. Havia ela lido a tradução norte-americana de Caminhos Cruzados e me censurava por eu ter criado personagens sem nenhuma profundidade psicológica. Achava o livro cruel, frio e elementar. "Um romancista" - disse-me - "não deve apenas fotografar a vida, mas iluminá-la."
Mais tarde vim a saber que, conversando a meu respeito com uma terceira pessoa, Miss Monteith declarara:
"Mr. Verissimo tem uma alma, mas não sabe".
Talvez seja exatamente isso que acontece com a maioria das personagens de Caminhos Cruzados. E da vida real...

Erico Verissimo, 1964


clarissa foi quem me introduziu ao mestre.
como ele mesmo diz, pura poesia.

agora, começo caminhos cruzados.
vejamos como érico se sai como satirista....

:)

27.11.11

nota e palavra

na noite desse domingo, posto esse noturno.
tão singelo e tão claro; quase um poema.

ele me acompanhou durante a penumbra do fim de dia.
e de certa forma, fala por mim, de um jeito exato.
resume em notas o que jamais conseguiria falar, na perfeita ordem dos sentimentos...

portanto, eis o meu discurso:




boa semana :)

ps: que toca é o mestre arthur rubinstein, o grande que melhor tocou chopin nessa terra!

.


gosto tanto, tanto dessa foto.
ela fala e soa muitas coisas.
nela, a música continua, se perpetua...

2011

a expectativa de vida dos relacionamentos externos é ínfima comparada à de uma fotografia.

algo que aprendi esse ano e deveria ter aprendido antes: família é família. é sangue.
nesse caso, as fotografias amarelam, rasgam e o sangue ainda corre.
graças à Deus, isso não se "escolhe".

no entanto, todas as outras coisas ...

25.11.11

1º encontro


eu admito, estava relutante por esse encontro.
mas já nos demos bem desde o primeiro olhar.

essas teclas me apararão dentro de 25 dias.
e por quanto tempo?

...

verdade, verdade

"podem dar-me o melhor piano da europa, mas se o auditório não quer e não sente comigo o que executo, eu perderei todo o gosto pela execução."

wolfgang amadeus mozart

ó, sábias palarvras e sentimento latente e eterno dos músicos...

ps: já contei que, se eu fosse menino, meu pai queria me chamar de "amadeus"?? não pra homenagear o músico, mas para ter no nome a mensagem de que eu "amaria a Deus"...? minha mãe, sã, protestava, claro!!  não, não contei?? ah, que bom!! 
uma grande sorte ter nascido menina....laura MORENA é bem, bem, beeeeemmm mais suave....rs!

antes tarde do que mais tarde


comprei esse disco há um ano.
esse e mais três.

era época corrida, fim de faculdade(s), programa de natal das crianças, turnê pelo norte se aproximando...

não ouvi.
nem esse, nem nenhum dos outros.
e o pior é que quando, nos esparsos momentos em que podia descansar e refletir, o pensamento de que os discos ainda estavam intocados me dava coceira nos dedos, nos ouvidos. a curiosidade me consumia...

fiquei sem ouvir até janeiro.

foi quando passamos uns dias em família lá naquela terra boa, a linda maragogi.
era tudo o que eu precisava. silêncio, sol, rede, praia...
mas o cansaço novamente me venceu e eu basicamente dormi.
sei que isso é uma vergonha, mas é a verdade.

voltamos de maragogi para recife de carro, meu pá e eu.
lembrei do disco.
mencionei todo o histórico, e o pá ficou curioso pra ouvir.
grande foi o meu erro ao introduzir o disco no aparelho de som do carro.
aparelhagem ruim, estrada esburacada e carro mil não combinam com as nuances de um piano trio.

e foi quando começou a guerra.
eu aumentava o volume para conseguir ouvir as partes suaves, e ele imediatamente abaixava o volume porque assim o som ficava distorcido nas partes fortes.
e agora? quem ganha?
um ano inteirinho esperando por esse momento, pra não conseguir ouvir direito?

não chegamos a um acordo.
a coisa ficou tão caótica a ponto de termos que parar num posto de gasolina no meio da estrada para discutir esse importantíssimo assunto que estava a nos perturbar: o volume do som (rs!).

depois de alguma reflexão, decidimos que o melhor seria deixar pra lá e ouvir o disco outra hora, talvez num local mais quieto, num som melhor.
obviamente, minha idignação foi imensa. mas pela saúde do relacionamento com meu querido pá, cedi.

a viagem procedeu com algum silêncio, mas logo as rádios pernambucanas já nos enchiam os ouvidos, seguidos dos comentários hilários do meu pá, que quando está no seu estado, perde as rédeas e fica com o sotaque mais carregado que existe (ele é pernambucano).

isso tudo foi em janeiro.
depois disso, não ouvi mais o disco.
cantei, viajei, trabalhei....

foi ontem que finalmente olhei para o disco e pensei: "chegou a hora".

após ouvi-lo sem interrupções e sem distrações, eu acabei concordando que aquela audição no carro realmente teria estragado o disco para sempre. por sorte, eu e meu pai, apesar de parecidos, divergimos nas opiniões e não chegamos a um consenso. 
muita sorte!

eu ainda teria outro post inteiro pra dizer o que foi ouvir o disco, o que foi ler o encarte de 20 páginas (é um livreto).... mas acho que ainda não é hora.

franz schubert é meu favorito. sempre foi.
nunca consegui explicar o por quê. 
um dia, assistindo uma entrevista com o violinista joshua bell, suas palavras falaram o que eu nunca consegui traduzir.
a pergunta foi pergunta "qual é o seu compositor favorito?", e a resposta: "beethoven e schubert. beethoven porque eu poderia ouvir tantas e tantas coisas que ele escreveu sem me cansar, mas acho que em primeiro lugar fica schubert, porque a sua música me toca internamente em lugares que nenhuma outra música consegue."

é exatamente essa a razão. 
é, além de tantas outras coisas, algo físico.
morreu aos 31 anos, e nessa breve vida, escreveu músicas eternas...

no início desses escritos, eu mencionei ter comprado 4 discos ao todo. 
espero não demorar mais 3 anos para conseguir ouvi-los por completo.
mas se assim for, paciência....

18.11.11

bom dia

cantor de verdade tem que saber cantar feio e bonito.
cantar feio é quase tão arte quanto cantar bonito.

parece que nós, os primos, em harmonia, atingimos um nível de feiura inigualável.

o marcel faz a voz mais grave, claro. eu fico com a melodia e a dani fica fazendo os ad libs, aquele "molho" pra completar a desgraça....ahahaha! o léo, besta, fica de butuca, olhando, rindo e se envergonhando por nós três...

queria que essas fotos tivessem som...
não pelas notas e timbres feios, mas pelas deliciosas risadas...

bom dia assim :)











17.11.11

17:50


é novembro de primavera e parece outono.

vou ao correio com pressa a mando da mã, pertinho de casa.
encomendas na mão e ao escrever o endereço, falta o cep.
ligo, ela diz que vai ligar pra "não-sei-quem"e então me liga de volta.
eu tenho que esperar.

correio perto do horário de fechar, na segunda-feira antes do feriado de terça. 
funcionários cansados, mal humorados, sendo sutilmente irônicos com o chefe, um senhor de cabeleira parca e cinzenta, que anda em círculos, certificando-se de que todos fazem o que devem fazer.

esperando, eu arrisco umas caras de paisagem, mas não adianta.
escolho entrar na conversa:

a atendente (enquanto espera minha mã ligar de volta com o bairro do destinatário para localizar o cep):
"seu ivan, já dá pra gente ir? (sorrisinho)... já tá na hora, seu ivan..."

seu ivan:"quase, quase. fecha só às 6, né?"... e olha pra mim,  a cliente odiada pelos atendentes e amada pelo chefe, por chegar ao correio 10 minutos antes de fechar em véspera de feriado. portanto, a minha presença no estabelecimento dá ao seu ivan a razão.
ele sorri satisfeito.

eu já me intrometo defendendo de fininho a atendente: "ah! eu sou professora e sou muito grata à minha escola por ter emendado o feriado. estou rouca e tudo. precisava desse descanso..."

a atendente sorri triunfante. 

seu ivan pergunta o que ensino. eu digo, música. seu ivan pergunta onde, e eu respondo. ele conhece a escola. a atendente, ao perceber que a conversa se alongaria, interrompe: "tá vendo seu ivan? não estudei, deu nisso. fico aqui no correio em véspera de feriado."

os três mostram os dentes, num sorriso amarelo. o dela, adicionalmente amargo.

seu ivan arremata:"eu gosto de música, mas conheço pouco. de mendelssohn, eu só conheço a marcha nupcial". meus olhos crescem (se isso for possível) e eu já abro meu sorriso mais verdadeiro: "sério? ai, mendelssohn escreveu tanta coisa linda..."

seu ivan completa: "eu sei. não conheço muita coisa, mas sei que ele é meu preferido"....
eu, já sem rédeas, me deleito: "ah, ele tem muita coisa linda. os concertos pra piano, a música de câmara, mesmo as peças pra piano, em especial, as canções sem palavras....tudo lindo demais. o senhor tem bom gosto, seu ivan!"

ele ri...

quando meu coração finalmente fica enternecido e eu, esperançosa de que a conversa se estenda, a mã finalmente liga com o nome do bairro. cep localizado, pagamento feito, encomenda enviada.

antes de sair, eu olho pra trás, miro seu ivan novamente e digo: "vou trazer um cd pro senhor ouvir mais coisas de mendelssohn. vai valer a pena".
ele, espantado e quase emocionado, responde com um meio sorriso envergonhado:"nossa, não esperava isso. desde já agradeço, jovem...é muita generosidade sua".

e eu saí feliz.
já achei um cd pra comprar com as sifonias de mendelssohn, mas não é exatamente isso que quero dar ao seu ivan. 
ainda estou buscando.

o por quê?

porque músico que é músico se realiza quando a música se espalha...
só por isso..
talvez a música de mendelssohn embale as longas tardes de véspera de feriado, no correio do seu ivan, ou em qualquer outro lugar.

:)

...

nessa vida, mudança é a única constante.

9.11.11

?


o corpo veio e os alunos também vieram. uma pena a voz ter decidido tirar férias antes do período previsto.
fiz de tudo para acorda-la essa manhã.
não teve jeito.
mas ela, generosa, me mandou dois companheiros para que eu não me sentisse assim, tão solitária: tosse e dor de garganta.

é nessas horas que sinto falta de ter me dedicado ao teatro, ao drama. mas não! fui ser professora...
conto com a performance dos meus olhos, que muito já falaram por mim.

o dia será de mímicas.

7.11.11

um mês e 2 dias de silêncio


esse foi o maior tempo que fiquei sem me manifestar aqui no blog.

muita, muita correria. 
algumas realizações.
nenhum tempo.

prometo me esforçar mais.
aos leitores fiéis que me cobram os posts no twitter, ou até nas igrejas onde vou cantar, peço perdão e paciência.

fim de ano se aproxima e com ele, o programa de natal das minhas crianças (!!!!), a minha mudança para os USA.... e tantas outras coisas.
aqui eu só quero me explicar e dizer que ando sentindo saudade de postar, mas meu tempo tem sido milimetricamente utilizado.

a foto é do outono em londres. 
apesar de ter sido uma semana "furacão", o mês de outubro foi o bálsamo do meu semestre.
em breve (provavelmente durante o feriado que se aproxima), coloco algumas das fotos dessa viagem e conto um pouco da experiência maravilhosa que foi cantar para os ingleses e suíços (e para as comunidades brasileiras desses países). 

eu não desisti do blog. 
só estou mergulhada em afazeres.

paciência comigo, por favor :)