ontem presenciei uma das cenas de por-do-sol mais maravilhosas da minha vida:
o céu que era muito azul, agora exibia umas linhas borradas de laranja e lilás. e o fim do céu se confundia com o fim do mar que era verde claro.
um colosso, um espetáculo de cores e matizes.
se eu olhava para o leste, tudo era cinza. se olhava para o oeste, era ouro, ouro vermelho de doer o olhar.
um pescador prendeu seu barquinho branco e verde perto da praia, e as ondas largas e suaves faziam-no dançar.
nenhuma foto fui capaz de tirar.
de maravilhamento.
tem coisas que a gente guarda na memória e pronto. é mais vivo do que o registro material.
e de repente, as cores foram escorrendo por cima das palmeiras debruçadas e se esvaindo.
e foi ficando escuro.
e o mar estava pronto. ao me despedir, caiu a noite.
agora, um risco fino e arredondado iluminava pouco aquelas águas outrora reluzentes.
tudo era calmaria, e eu vi.
o mar adormeceu ;)
Imagino como deve ter sido lindo esta cena que vc descreve Laura...ótimas feria para vc Querida ; )
ResponderExcluirBelo texto.
ResponderExcluirFoto pra quê? O por-do-sol ficou mais bonito na moldura das palavras.
Na foto, caberia apenas um por-do-sol.
Nas palavras, cabem infinitos (cada leitor pinta um...).
"Sem sintaxe não há emoção duradoura. A imortalidade é uma função dos gramáticos".
Bernardo Soares - "O Livro do Desassossego"
O texto ficou bem legal!
ResponderExcluirAi, Laura,
ResponderExcluirQuanta poesia em um só post. O interpretei para o seu irmão com aquela voz, digna somente de seu blog.
Volta logo!
ai, que momento bom!
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