uma vez, lendo uma biografia de Mahler, descobri que o compositor tinha uma casa à beira de um lago, e para que ele pudesse compor em paz, ainda construiu um pequeno casebre, bem pertinho da água, longe da rua. assim, nenhum barulho atrapalharia seu processo criativo. às vezes, quando crianças brincavam na rua, sua esposa ia desesperada até elas, pedir que brincassem "mais baixo". seu marido precisava de silêncio.
eu li isso e achei um exagero.
mas essa semana, entrei no blog do samuel krähenbühl, e li algo interessantíssimo.
resolvi colocar aqui. esse trecho abaixo me mostrou outras coisas e me abriu os olhos.
"Não há como escapar de interligação na experiência musical, mesmo quando os compositores tentam se isolar do mundo exterior ou controlar a reação a seus trabalhos. Talvez os compositores jamais se equiparem às suas contrapartes populares no impacto imediato, mas na liberdade de sua solidão podem comunicar experiências de intensidade singular. Desenvolvendo grandes trabalhos, empregando forças complexas, atravessando o espectro que vai do ruído ao silêncio, eles mostram a forma do que Claude Debussy chamou certa vez de um "país imaginário, o que significa que não pode ser localizado no mapa".(Alex Ross em O Resto é Ruído - Escutando a Música do Século XX)
hoje, acabo achando que mahler tinha razão.. ;)
falando nele, o ano de 2011 é o "ano mahler", pois nele comemora-se 100 anos da morte do compositor. muitos concertos na sala são paulo com sinfonias dele em função disso....VIVA!
fotos tiradas daqui.
sortuda!!!
ResponderExcluire Alma Mahler é uma chata exagerada que aumentava notoriamente a sua participação na vida musical do marido... não levo muito a sério o que ela fala...
divirta-se
shalom