31.8.10

uma confissão


esses dias assisti ao vivo o réquiem de paul hindemith.
não foi legal. nem me orgulho em dizer isso, mas tirei um breve cochilo durante a performance no ombro de um amigo, que me acordou com umas risadas presas, querendo desesperadamente libertá-las.


a razão? é bem engraçado quando as obras coral do repertório erudito são traduzidas para o português. justo o português, que é um língua tão rica e poética, acaba soando como "rococó" barroco nessas situações, isto é, informação demais.
devo admitir que o sono me provoca uns ímpetos de risada meio incontroláveis. já sou meio dominada pelas minhas crises de riso em situações normais. quando estou com sono, então, é impossível. e nesse dia, depois que acordei com os chacoalhos do ombro do meu amigo tentando controlar as gargalhadas, eu tive a curiosidade de saber o porquê da graça.
nem precisei perguntar; por sorte, a obra não foi cantada em português, mas havia uma legenda disponível num telão acima do coro.
e nas duas primeiras frases lidas,quem perdeu o controle fui eu.
entre melodias entediantes e um português excessivamente rebuscado, este foi o primeiro trecho que li :


"ataúde que passa por aleias e ruas, de dia e de noite com a grande nuvem a escurecer a terra, com a pompa das bandeiras enroladas, com as cidades enlutadas, com os próprios estados a mostrar-se como mulheres eretas veladas de crepe, com longas e serpeantes procissões e os archotes da noite (...)"


AHHH! me poupe! acho que o tradutor pegou todas as palavras "bonitas" que conhecia, e de quebra, ainda deu uma olhadela no aurélio, pra fazer essa tradução.
não bastasse o riso incontrolável, a noite foi coroada com este último acontecimento: fim de concerto, pessoas de pé aplaudindo efusivamente e ,de repente, ouve-se um "BRAVO!" ao longe. o lineu, que estava a minha esquerda, arremata com um ar indignado: " bravo tô eu"...


aí, eu "joguei a toalha"! voltei para casa aos soluços, rs!

.

ela sempre abriga as melhores conversas ;)

open house


hoje vou conhecer os pais dos meus alunos de 14 anos. o nome do evento é "open house".

é engraçado o fato de que não faz dez anos que eu tive 14 anos, e meus pais conheciam os meus professores.
agora, eu conheço, aconselho, me preocupo com eles.
uma troca de papéis tão rápida.

e os pais acham que tenho a idade deles (não estou forçando, eles são jovens)

será que fico triste?

o documentarista

gosto tanto do joão. ele é sensível e artísticamente transparente.

sabe quando acerta e quando erra. e ainda no erro, consegue transformar em coisa bonita pra eu e você assistirmos.

entrevista interessante. ele fez dois dos documentários que eu mais gosto: "Santiago" e "Nelson Freire".

dá pra refletir nessas colocações..

eu choro toda vez

"uma mente brilhante" é um filme que eu assisto, assisto e assisto quantas vezes precisar. é claro que esta cena final só tem sentido se o filme todo for assistido. mas não consigo não chorar toda vez que assisto.

aos racionais de plantão, vale a pena ver até o fim.

;)

30.8.10

sagarana


li pouco guimarães rosa na minha vida. e acho que isso é uma falta grave.
meu único contato foi ao ler grande sertão, veredas. e já faz muito tempo.

estou pensando em adquirir esta semana sagarana, indicação do querido edson nunes.

guimarães não escreve exatamente como eu me deleito, mas instiga. é inteligente e brilhante.

quando comprar, eu aviso ;)

são todos assim

pra começar o dia, resolvi postar um dos maiores intérpretes de Bach de todos os tempos, Glenn Gould, tocando a "sinfonia" da partita n. 2 de Bach.

semana passada ouvi uma coisa triste, chocante. existem conjecturas acerca das gravações de Glenn Gould. diz-se que ele gravava as fugas em canais separados e , as vezes, ainda gravava voz por voz, uma em cada canal.

pode até ser verdade essa decepcionante revelação; mas esse vídeo mostra que ele sempre foi gênio, e acima de tudo, atingiu um patamar interpretativo no repertório bach não alcançado por nenhum outro mortal.

nesta filmagem, a tradução perfeita de como o músico genuíno tem dificuldade de executar tudo o que lhe ocorre a mente. muita informação, muitas frases, muitas notas.

não é louco, não é maluco. é músico!

28.8.10

algo pra se pensar.

"o compromisso sólido com a excelência é o melhor caminho para a recompensa."

27.8.10

sexta-feira


falta pouco pra sair.
a pálpebra esquerda não se obedece mais, os músculos doídos;
amanhã é preciso mais voz. mas dessa vez, não contando quem foi chopin ou explicando que a semínima vale um tempo. amanhã, canta em algum canto.
voa tarde. tarde da noite de hoje. mas o olho não abre mais. nem a bochecha se move para um sorriso. está enfraquecida.


quem sabe um sono daqueles de morte resolva por hoje.
quem sabe abrir a porta e andar robóticamente em direção a cama suavize o cansaço.
porque as 10 da noite, decola. e as 11, aterrisa.
e o sorriso e a voz precisam estar lá. como se nunca tivesse saído.


um soneca resolve.


ele sabe das coisas ;)

sim, ele sempre sabe.

quando ele fala que é bom, é porque é e pronto!
esse foi o email que escrevi pro meu pai agora a pouco.

(...) pá, ontem fui a sala são paulo e NÃO PAREI DE PENSAR EM VC. sabe porquê? porque ontem assisti ao vivo o concerto n. 2 pra piano e orquestra de Saint-Saëns! sei que vc fala muito nesse concerto e realmente É LINDÍSSIMO! o pianista era macedônio e é o novo expoente musical da europa. eu nem sabia disso, mas ele é super aclamado pela crítica. toca com um monte de regentes famosos e tal (charles dutoit é um deles) e tem apenas 31 anos. se você entrar no meu blog depois, vou colocar um vídeo do youtube com esse cara tocando o concerto ( o nome dele eh Simon Trpceski ) pra vc ver. foi sensacional. O lineu disse que vai comprar a grade pra estudar a parte orquestral! AMOU também! depois disso, eu comprei um presente pra vc, que eu já abri, pq tive que assistir...rsrsrs....mas é pra vc! (...)

e essa foi a minha noite de ontem. a única coisa que q-u-a-s-e estragou foi o fato de o meu celular ter tocado segundos antes de o pianista começar a tocar o concerto, ou seja, bem na hora que o regente espera o público ficar em silêncio absoluto. Absolutamente imperdoável a minha falta. Mas ainda bem que foi antes de começar. Todos perceberam que foi o meu ( e eu NUNCA esqueço de desligar o celular)....depois, descobri que era o léo tentando me ligar (que hora mais inoportuna...)

bom, aí está o primeiro movimento do concerto. VALE A PENA.

26.8.10

respondendo




pra quem me perguntou, meu cd está disponível pela loja virtual da Gravadora Novo Tempo.

Eis aí o link: http://www.novotempo.org.br/lojavirtual/index.asp?secao=1&categoria=2&subcategoria=90&id=4683

essas duas fotos estão no encarte.
depois, eu posto mais fotos da sessão que fizemos pra capa ;)

rach 2

fds passado, fui para o rio de janeiro.
lá, cometi a infelicidade de comparecer ao teatro municipal e assistir ao concerto n.2 de rachmaninov para piano e orquestra.
eu dificilmente relato aqui no blog quando o concerto não é bom.
mas esse realmente me feriu, porque eu simplesmente amo esse concerto. é um dos mais belos já escritos para o instrumento!
tinha as maiores e melhores expectativas.
me submeti ao concerto. me submeti a performance. fui sem medo.
decepção total. me encolhia no assento. de tristeza, de vergonha, de desconforto.

estou postando aqui duas versões do concerto:
1- Valentina Lisitsa tocando SEM ORQUESTRA (bem interessante)
2- Meu muso tocando a versão completa, com orquestra (diga-se de passagem, a orquestra de São. Petesburgo) - esta versão está num post separado, postado antes desse.


assistir isso é uma reafirmação pra mim mesma de que essa obra é genuinamente linda. e sempre será.....só que precisa ser tocada pelos músicos certos :(

com orquestra

com orquestra.

versão tocada por nelson freire e orquestra de são petersburgo.

vergonha


hoje eu toquei clarineta pros meus alunos da 4ª série.
percebi uns risos amordaçados.
no fim bateram palma.

idéia imbecil...

agora, por escrito

algumas pessoas já pediram que eu transcrevesse aqui no blog esse texto que leio no programa "essência sem roteiro". pois bem, aqui está. aulas de linguística sempre resultam em coisas assim .....rs!


joana e a falácia


existe a joana ali, na segunda carteira. os olhos passeiam pelas paredes e pelo negro céu, espesso e sólido, despido de estrelas ou nuvens. as palavras do professor têm efeito de som em montanha: penetram em seus ouvidos e não se instalam. vão e voltam numa rapidez instigante e logo se perdem no ar, letra a letra, fonema a fonema. as conversas e comentários parecem balbúrdia desarranjada e joana parece estar dentro de uma redoma de vidro, empalhada e invisivelmente absorta em tudo o que lhe é interno.
pensa umas melodias rápidas e aqueles inchaços do peito, os suspiros esparços e o suor repentino nas mãos ameaçam denunciar seu alienismo ao ambiente.
pedro é eloquente. e argumenta as aplicações da sociolinguística com paixão. o aumento de decibéis nos pontos enfáticos da defesa de pedro parecem ser mais pontiagudos aos tímpanos de joana.
os brilhantes olhos, impermeáveis qual vidraças de cristal negro, contemplam gestos, bocas articuladas e até peles lustrosas em função da alta temperatura e da deserção das brisas ... mas as vidraças olham e não enxergam. as pupilas parecem estar avessas ao mundo e lhe mostram seu universo interior.
joana é uma entre cinquenta, e sente o conforto dos solitários. seus pensamentos falam e ela responde emudecida; gesticula, agoniza e segue a marcha do diálogo.
certa hora, ela recobra o senso de realidade e recorda a sala de aula. os morfemas, signos, sujeitos e concordâncias verbais voltam a soar como palavras significantes, e não burburinho.
apesar de a discussão girar em torno das propriedades da falácia, ela ama o conversar mudo, gestual, intuitivo, visual.
fecha as vidraças espessas e a conversa silente prossegue, infinita.

aos 11 anos


folheava um dos meus cadernos de poesia da pré-adolescência dia desses.
é engraçadíssimo observar agora como eu desejava controlar as palavras; possuí-las.
foi bom ter guardado esses escritos.
isso mostra que as palavras sempre me atrairam, sempre foram especiais.
aí vai um poema cheio de erros graves de português, mas eu dou uma licença poética pra pirralha de 11 anos que escreveu isso ;)


dê valor
dê valor ao que tens;
ao que o hoje te dá,
aos teus olhos que vêem
e à palavra amar.
dê valor ao coração,
à pessoa a quem amas.
pois muita gente em solidão,
te implora o que reclamas.
dê valor ao teu tempo,
à tudo o que mereces.
ao que o ontem te mostrou,
e ao que o amanhã te oferece.
por fim, dê valor, valoriza-te
e te deixe ser valorizado.
pois o tempo e curto
e depois, chorarás o valor não
dado.


hahaha! depois eu posto outros.

ps: pequeninina, era esse que eu não conseguia achar aquele dia. estava dentro do circle book, meio amassado, perdido na parte em branco.


24.8.10

pressentimento.

eu tenho dessas coisas, as vezes.
bem as vezes.
mas é forte, constante.

e fico como detetive, em busca de provas;
que estranhamente, acontecem.

as vezes, é bom não saber.
assim, o descobrir pode ser bonito.

23.8.10

amanheceu ;)


quanta vontade de publicar esse post. há tempos, venho pensando em como fazê-lo, o que escrever...

posto poucas coisas aqui sobre minhas cantorias e minha vida de cantora. na verdade, quase nada.

talvez, pelo fato de saber que muita gente esperava pelo meu cd, e ele nunca saia.
muitos me cobravam, reclamavam, achando que a culpa era minha.
eu quero dizer que durante todo esse tempo, não teve ninguém que quis mais esse disco do que eu!
mas Deus tem o Seu tempo, Sua hora.

hoje, depois de exatamente 3 anos desde que gravei a primeira sessão de base, meu disco saiu!
como disse a larissa "hoje, a tarde virou manhã".
obrigada a todos que oraram, que torceram, aos mais chegados que ouviram e viram minha impaciencia ao longo desse tempo.
e obrigada a Deus, que tão maravilhosamente me conduziu nesse tempo, cantando por aí sem cd, mas ainda assim, usando as músicas pra levar a Sua mensagem.

um beijo a todos! curtam o disco e COMPREM ORIGINAL, rs!

ps: só pra constar, nem eu vi o cd ainda. tá lá em jacareí. obrigada as queridas glaucinha e lastras por postarem essa foto. alegrou minha noite ;)




20.8.10

obrigada, twiteiros!


eu quase fui vencida. quase mesmo!
não fosse os tweets de incentivo, eu teria ido dormir as 8 na noite de ontem.

mas não fui. nesse mesmo horário, decidi que deveria aproveitar o fato de que já tinha um ingresso comprado para assistir um concerto na sala são paulo. estava exausta, é verdade. mas Bach é sempre Bach, e com ele, Haydn, Bruch e Brahms.

fui sozinha, pela primeira vez. sentei na quarta fileira bem em frente as estantes dos solistas da noite. e uma raridade: aquele era o meu assento verdadeiro(rs)! como estava sozinha, sozinha, ontem não fui a lojinha da tentação ( a sala sp tem uma loja de produtos de música de todos os tipos. sempre que vou, não me aguento e compro alguma coisa), não conversei com ninguém e não comi no "snack bar".

fui direto pro meu assento.
abaixo, segue o programa de ontem e meus comentários sobre cada obra:


Pinchas Zukerman regente e violino
Jessica Linnebach violino
Amanda Forsyth violoncelo


Johann Sebastian Bach
Concerto para dois Violinos e Cordas em ré menor, BWV 1043

Nunca havia assistido concerto pra dois violinos. P. Zukerman é famisíssimo, e Jessica é sua “discípula”. E essa relação aluno-professor foi bonita de se assistir ontem. Muita química, algo quase paternal; os dois se conhecem e conversaram musicalmente o tempo todo! Ele também foi o regente da noite, e a OSESP tocou MUITO! Já assisti programas não tão bons. Acontece, claro que acontece. Mas ontem, o som, a sintonia. Fantástico. Essa obra foi o encanto, a abertura, as conversas, o extasiamento! Foi o momento em que o virtuosismo aconteceu em função da música e não o contrário. E é exatamente assim que tem que ser ;) Emocionante.


Joseph Haydn
Concerto para Violino em Dó maior

Aqui, o solista foi Zukerman. Era notável seu conforto com o repertório da noite. Em contrapartida, o nervosismo, principalmente dos músicos do naipe de cordas, por acompanharem um violinista desta magnitude. Li umas entrevistas no livreto da Osesp do m~es de agosto e três dos violinistas da orquestra mencionaram que este era o concerto mais esperado do ano por eles. Talvez por isso, a orquestra foi impecável a noite inteira. Zukerman parecia ser um nobre, vestindo uma enorme capa de veludo sobre a qual os músicos estavam acomodados. Ele ia andando e todos seguindo. Tão bonito. Na hora da “cadenza”, que é uma parte mais vistuosística do concerto, o público sempre se deixa impressionar. Não foi minha parte predileta, mas eu fiquei com frio na barriga sim. Admito.


Max Bruch
Canzone para Violoncelo em Si b maior, Op.55
Adagio sobre Melodias celtas para Violoncelo, Op.56

Esta foi a minha surpresa da noite. Não sou tão familiarizada com a obra de Bruch, mas o concerto de ontem foi um alerta de que preciso ser! Duas obra lindas, lindas, lindas! A cellista fazia o tipo “femme fatale”. Vestido vermelho, loira, bronzeada. A platéia e a orquestra já gostaram dela só por isso. Tocou bonito. Bonito mas não fiquei sem ar com a sua performance. Acho que o que ela mostrou ter de melhor ontem foi a capacidade de entender o que é ser solista com orquestra. Suas idas e vindas do solo para o “tutti” foram impecáveis. Muita noção! E a escrita,como já mencionei, foi o que realmente me impresionou nessas duas performances. Ótima surpresa.


Johannes Brahms
Variações sobre um Tema de Haydn, Op.56a

Estava ansiosa por esta performance, porque eu conheço esta obra como a palma da minha mão, só que na versão pra dois pianos, porque a Martha e o Nelson tocam isso no cd que eles gravaram ano passado. Mas a versão original, que é a orquestral, eu não conhecia.Uma coisa muito legal é quando a obra que vai ser tocada já está interiozada em vc. Então, nesse caso, eu não tive que dividir minha atenção entre a surpresa das notas e da beleza da obra em si e a performance. Como já conhecia bem a peça,pude me concentrar somente na interpretação. E foi lindo! Depois de uma noite com tantos acertos, era até aceitável que essa performance não fosse 100%. Mas foi.Eu me sentia lá no meio. Conhecia cada pausa, cada acento. E assim, pude perceber as nuances, o humor.



Saí dali sem ar. Entrei no táxi e quase que não consigo dizer o endereço.Sem mais, para aqueles que tiveram a paciência de ler até aqui, vai o meu muito obrigada aqueles que disseram “vaiiiiiiii” no twitter!Apesar do meu cansaço, melhorou minha noite, que no fim das contas, foi inesquecível :)



19.8.10

assinatura

estou pensando seriamente em assinar 3 revistas.

podia ser só uma, ou duas.
mas uma completa a outra:

-piauí
-bravo!
-concerto

decisão séria.
vou ligar.

fds off.
















é raro, mas é sempre uma bênção.
ela veio ficar comigo.
fomos a Beth B'nei.
e sp é tão convidativa...
a gente conversou, riu.
lembrou de umas coisas e previu outras.
até li poemas que escrevi aos 12 anos.
vergonhoso.

tks, glaucinha.
é sempre bom ter vc por perto;)

18.8.10

santiago




é um daqueles programas que dá pra fazer com pouca gente.
mas com ela, sempre dá!

ter uma amiga que sabe, que entende.
é bom, tão bom!

assisti santiago com a glauce e a sensibilidade desse diretor me seduziu mais uma vez.

ainda preciso assistir mais umas 4 vezes pra conseguir absorver tudo; refletir nas centenas de frases lindas que ouvi, mas que ainda não se instalaram em mim.

essa semana ainda, vou visitar a livraria cultura, e um desses vai pra minha casa.
sim, isso é uma recomendação.

9.8.10

caras e bocas / regentes

Leonard Bernstein
Claudio Abbado



Riccardo Chailly


Heber von Karajan



Charles Dutoit




Roberto Minczuk






Arturo Toscaninni




caras e bocas / pianistas

Evgeny Kissin

Matha Argerich


Maurizio Pollini


Nelson Freire




Maria João Pires



Krystian Zimmermann





Alfred Brendel





Os músicos nunca deveriam ser fotografados durante uma performance.
É lindo de se ver, mas eles odeiam.
Na sequencia, vou colcar cantores e regentes.
;)

novas compras




peso na consciência.


cheguei de Cuiabá na tarde de ontem.
cansada, exaurida.
uma noite sem dormir.
tinha dores de cabeça, dores no corpo.

não tinha condições.

mas ele estava aqui, há poucos quilômetros de distância;
eu que já viajei tantas milhas para ouvi-lo.
deitado na cama, o corpo não descansava.
a mente não parava.


Nelson Freire tocou ontem em são paulo e eu não fui assistir.

3.8.10

amarelo.



a luz de fim de tarde é imbatível.
pra tudo. pra olhar, pra receber, fotografar....
e com um friozinho, ela até aquece.

porto alegre; bela província.

ravel

esse é o piano trio que prometi.

eu escrevi um texto no circle book ouvindo isso. talvez ainda publique aqui.
pra mim, a palavra pra ravel é vulnerabilidade. em todos os sentidos.
vale a pena ouvir os outros movimentos (são 4, e eu só estou postando o primeiro).
música e pintura do impressionismo são inebriantes. e ravel era um cara meio místico, gostava dum ar de mistério. e é o REI absoluto da orquestração.

sem mais, enjoy. depois penso sobre a postagem do texto.
por hora, a música basta ;)


marcy, vc estava certo!


sim, é CLARO que eu não aguentei e fiz mais um post canino!
esse lindo chow-chow encontrei no parque germania, em porto alegre fds passado.
fofo de tudo. a dona andava com ele como se fosse um bebê.

e eu pedi pra tirar foto, se não meu nome não seria laura morena magalhães costa.


1.8.10

concordo ;)

insônia.


o sono se escondeu e eu não encontro!

tem um ventinho que escapa pela fresta da porta pouco aberta e invade o quarto. vem fino e discreto. mas me afaga num segundo e já foge. e nesse fio de frio que me encosta, eu sinto que meu amor pela estação do gelo é iminente. sempre acalentei esse gosto, sempre.
choveu no frio. a janela aberta se encarregou de amplificar esse ruído macio, rico. o sono aparecia nas horas inoportunas, e agora ele some .... qual! geralmente me obedece.
o escuro com coberta e o milhão de gotas que ainda pingam abraçam uns olhos negros como a noite. tons parecidos até. confundem-se. eles não piscam. alinhados aos ouvidos atentos a música pluvial, enxergam umas doidices.
é tarde. é hora. mas o frio é bonito, é bom, é escuro.
que dilema.

"fecha os olhos e pensa menos. fica bem quietinha que ele volta."
saudade da mã.

vou tentar de novo.