um sábado em casa é tão diferente.
tem uns cheiros inconfundíveis e o cardápio é sagrado.
fico sentada na cama, olhando pros retratos que tirei. e pareço entrar em cada moldura e reviver o exato momento do primeiro encontro com o lago do neuschwanstein; relembro a dor nos olhos provocada pelos reflexos dos raios de sol que reluziam nas bicicletas estacionadas numa ruela de leipzig; revivo ainda o momento de conteplação de uma estante de livros muito desordenada, todos caídos, fora de ordem. um crime aos meus olhos, mas a realidade de uma amiga universitária. essa cena, apesar de agressiva, me foi tão forte, que resolvi eternizar numa foto. revivo ainda outros momentos ao olhar pra uns porta-retratos vazios...e é isso, exatamente. olho, reticente.
estar em casa, recebendo esse dia de descanso e de lembrança é acolhedor.
eu relembro essa dádiva. e olho simultaneamente para esses momentos emoldurados com afeição.
então tenho a certeza de que o Senhor guia, e dá a memória pra nos deleitarmos com uma pequena porção do que já se foi ...
definitivamente, esse é um dia de alegria, de conversas, de família reunida.
mas pra mim, quando as luzes se apagam, é o dia de memória, de silêncios.
um evento quase raro.
estou em casa, no sábado.
quieta e feliz.
Ele certamente pensou nisso quando criou estas horas ;)
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